segunda-feira, 24 de março de 2008

Quarteto fantástico



















Semana passada começamos a planejar um jantar especial para a sexta-feira santa, quando iríamos receber meus pais em casa. Estudamos algumas opções de pratos e, por fim, optamos pela tradição mesmo: “Bacalhau-batatas-azeitonas pretas-azeite”.

Quarteto formado, agora era só pensar no preparo! Confesso que até esses dias, só tinha provado a clássica bacalhoada da minha avó (muito boa, por sinal), mas quando a família é grande... Sabem como é, né? Vão-se as lascas e sobram as batatas!!

Dessa vez, em casa, não quis saber de bacalhoada, não! Queria o “dito cujo” por inteiro, até dizer “CHEGA” !! E assim foi. Comecei a dessalgar o lombo do bacalhau (1 kg) na quarta à noite, trocando a água 3 vezes por dia, até sexta, mantendo-o sempre na geladeira. Umas duas horinhas antes do jantar, escorri toda a água salgada da travessa. Pude, então, apreciar o frescor do peixe, agora bem mais encorpado e branquinho, pronto para ser preparado.

















Forrei uma assadeira com 2 cebolas grandes em rodelas, azeitonas pretas chilenas e muuuito azeite extra-virgem e assentei o lombo sobre elas. Levei ao forno pré-aquecido por cerca de 30 minutos em fogo alto.

Enquanto isso, cozinhei no vapor, um brócolis cortado em pequenos ramos e reservei. Usando a mesma água fervente, fiz uma infusão com ramos de alecrim e tomilho e despejei 5 batatas tipo asterix e 2 cenouras médias para cozinhar.

Em seguida, levei-as ao escorredor, mantendo ainda um pouco da água na panela. Fiz o purê com um mixer adicionando também mais ½ copo de leite, 2 colheres de manteiga, parmesão ralado e salsinha a gosto.

Acompanhamos com um tinto português e......

“- CHEEEEGA!!!

segunda-feira, 17 de março de 2008

Yakissoba na wok


















Domingo chuvoso… Acordar beem tarde… Padaria da esquina... Pão pelando (que sorte!)... Café-da-manhã na sacada... DVD no sofá....

Quando começamos a pensar no almoço do domingo já eram quase 3 horas tarde. Já fazia um bom tempo que eu e a Marcela estávamos querendo estrear a wok que ganhamos de presente de casamento. Uma baita panela, novinha, ali parada no armário só esperando a hora de ser escalada para entrar em ação...

“ - Desse domingo não passa!!”

Engraçado é que escolhemos primeiro a panela e depois o quê fazer nela...

“ - Um yakissoba ia bem, hein?” – pensei.

E foi mesmo:

Temperei 1 peito de frango, cortado em cubos pequenos, com gengibre ralado, pimenta-do-reino moída na hora e molho shoyu (50ml). Levei-o para a geladeira por 20 minutos. Em seguida, piquei em pequenos pedaços o repolho, o brócolis, a couve-flor, a cenoura e a cebola (2 xícaras cada) e reservei.

Aqueci a wok, reguei-a com azeite e pus o frango para fritar. Retirei-o do fogo antes que começasse a cozinhar na própria água e reservei. Reguei novamente a panela com azeite e óleo de gergelim (3 col. sopa de cada) e refoguei os legumes com shoyu e caldo de legumes (1/2 xícara cada) até ficarem al dente. Voltei, então, o frango para a wok e deixei-o cozinhar mais 3 minutos com o refogado.

Numa panela com água fervente, cozinhei o macarrão próprio para o yakissoba por 5 minutos e escorri. Misturei rapidamente a massa com os legumes e o frango na wok e tampei por alguns minutos...

terça-feira, 11 de março de 2008

Jantar de festa!















Ontem foi aniversário da Marcela. Sabe o que isso quer dizer?

“Bolo, brigadeiro, beijinho....?”

“ Não, não!! Jantar especial com direito a vinho português e sobremesa cinematográfica para comemorar!”

Depois de visitar três mercados e um açougue, cheguei carregado de sacolas em casa e fui direto para cozinha organizar os preparativos. Cortei o mignon em medalhões altos, temperei-os com pimenta-do-reino moída na hora e reservei. Numa pequena vasilha, fiz um molho usando caldo de carne (1/2 xíc.), mostarda dijon ( 3 col. sopa) e molho inglês ( 2 col. sopa).

Antes de começar a fritura, acrescentei umas pitadas de sal e pincelei a carne com mel para dourar. Retirei os filés ainda mal passados e joguei o caldo preparado para fazer o deglacê, dissolvendo assim toda aquela crosta que restou na panela. Voltei então os medalhões para incorporarem ao molho já reduzido e adicionei pitadas de pimenta-rosa.

O preparo da massa foi rápido e simples. Piquei grosseiramente cerca de 1 xícara de corações de alcachofra e levei-os para uma frigideira com bastante azeite. Assim que a massa fresca passou pela água fervente (2 min.), escorri e incorporei as alcachofras. Em fogo brando, deixei a massa absorver o azeite e o sabor dos corações e generosamente acrescentei parmesão em lascas, manjericão, nozes e castanha-do-pará picados. Mais uns 2 minutinhos mexendo bem e prontinho!! Harmonizei com o tinto português Quinta dos Cabriz que casou prefeitamente com o prato.




















Foi uma refeição dos deuses!! Como sempre, rolou até um repeteco! Mas tinha ainda o clímax do jantar: a SOBREMESA. Com letras maiúsculas mesmo!

A inspiração veio ao assistir o filme Sem Reservas, onde o chef, interpretado por Aaron Eckhart, prepara um surpreendente tiramissu para conquistar sua colega, também chef de cozinha, interpretada pela Catherine Zeta Jones. A receita, que garimpei em um livro que ganhei de um amigo, fiz da seguinte maneira:

Bati 5 gemas com ¾ de xícara de açúcar, até obter um creme bem clarinho. Misturei mais 400g de queijo mascarpone às gemas batidas e reservei. Em uma outra tigela, bati 5 claras em neve firme com uma pitada de sal e delicadamente incorporei à primeira mistura.

Escolhi uma vasilha grande e fiz uma camada do creme ao fundo. Por cima, assentei biscoitos champagne embebidos em café forte e despejei uma nova camada de creme. Dessa forma fui até os ingredientes acabarem, finalizando com o creme e uma bela porção de chocolate meio amargo picado. Levei à geladeira por 1 hora antes de servir.










Assim ficou fácil entender porque o chef do filme conquistou tão rapidamente sua colega de cozinha... Simplesmente sensacional !! Não foi à toa também, que escolhi essa sobremesa para o aniversário...